Entender de gente para conectar na Consultoria de Imagem

Você é movido por uma profunda inquietude interior? Uma sensação de falta, algo que geralmente é difícil definir com exatidão? São mil ideias acerca do que pensamos que precisamos ou queremos – uma carreira de sucesso, muitos clientes, carro novo, relacionamento melhor e por aí vai. 


Acreditamos que quando essas questões forem sanadas dentro de nós a inquietude cessará, deixando-nos satisfeitos e completos. Porém, você pode concordar comigo, que quando alcançamos essas “coisas” nos sentimos melhor por alguns momentos, e logo aquela sensação volta – de quero mais. 


Então o que realmente buscamos? 


Fomos ensinados que nossa qualidade de vida depende da melhoria da nossa riqueza exterior, no entanto descobrimos que para essa riqueza ser exatamente genuína ela deve estar ligada diretamente com quem somos por dentro, sem amarras, crenças e comparações. 


Vários livros sobre “autoajuda” discorrem com eloquência sobre o tipo de pessoa que normalmente é almejada e trabalhada para se tornar, compassiva, com espírito comunitário, comunicativa, criativa, dinâmica, forte e a lista é grande. Porém, por mais belas e desejáveis que essas e outras qualidades possam ser, para muitos é muito difícil adotá-las e praticá-las diariamente. E ESTÁ TUDO BEM, não tem nada errado com isso, pois cada um com suas características e isso faz parte da composição da essência do EU


E se não quisermos ter alta performance? 
Se não quisermos ser extrovertidos? 
Se não quisermos aparentar uma pessoa forte? 


Não é porque “todo mundo” quer ser que eu e meus clientes precisamos ser também. 


Muito comum, encontrarmos uma receita que deu certo para alguém ou para nós mesmos e tentar aplicá-la aos outros (famosos pacotes), mas se não “combinarem” em estilo e essência, profissional e cliente, em vez de oferecer o auxílio, o cliente poderá ser levado ao erro. Poderá tentar parecer alguém que ele não quer. 


Por isso, para funcionar qualquer tentativa de crescimento ou mudança inclusive na imagem pessoal, deverá ser levado em consideração que existem diferentes tipos de pessoas – diferentes tipos de personalidades – diferentes tipos de lentes para analisar uma questão. 


Parece-me que, antes de começarmos a viagem em busca da realidade, em busca de Deus, antes de agirmos ou podermos ter qualquer relação uns com os outros (…), é essencial que comecemos por compreender-nos a nós mesmos.” KRISHNAMURTI 



EMOÇÕES E COMPORTAMENTOS 


Gosto dessa definição: O comportamento humano é o potencial e a capacidade expressa de indivíduos ou grupos humanos de responder a estímulos internos e externos ao longo de sua vida (Wikipédia). É aquela expressão sem pensar, reativa a uma influência. Por exemplo, quando alguém berra “fogo“, automaticamente temos uma emoção de medo e procuramos nos proteger de algo que possa nos afetar, isso é involuntário. Temos uma emoção e ela influencia o comportamento. 


Percebemos a realidade sob grande influência das nossas emoções. Porque elas dão sentido à percepção da realidade, sem elas a realidade perde sentido. As emoções estão por trás dos nossos comportamentos e entender de emoções é o mais importante para entender de pessoas. Cada um tem uma forma de funcionar, de analisar questões, de ser influenciado e de influenciar. 


Por isso que existem diferentes comportamentos na mesma situação, são as lentes que cada um usa para enxergar a vida e isso não tem regra, são padrões a serem estudados para entender a causa dos comportamentos e a engrenagem individual de cada pessoa. 



SOMOS DIFERENTES, É UM FATO! 


E é ótimo que seja assim. O que temos que internalizar é que o que dá certo para um pode não dar para outro. 


Trago exemplos sobre os três instintos básicos, que como uma bússola interna, são fontes de orientação para os comportamentos. Embora tenhamos todos os três Instintos, um deles é o foco dominante de nossa atenção e comportamento – o conjunto de atitudes e valores com os quais mais nos atrai. E a predominância desse instinto irá interferir diretamente na expressão através da imagem pessoal. 


Instinto de preservação: é o instinto relacionado a sobrevivência, ao bem-estar e a saúde física. Oferece orientação a respeito do que é vital. Essas pessoas preocupam-se em primeiro lugar em manter a segurança e o conforto físicos, ou seja vestuário, moradia, saúde, etc. 

Os autopreservacionistas, quando entram em uma sala, tendem a concentrar-se no conforto do ambiente e na capacidade que este tem de dar ou manter o bem estar. São pessoas simples, práticas, serias e introvertidas, preocupam-se em dispender suas energias para suprir as necessidades básicas da vida. 


Instinto sexual – Atração: é o instinto que oferece orientação a partir do contato físico, seja ele um aperto de mão ou o olhar “olho no olho”. É uma necessidade de contato físico. Há uma busca constante de conexão e uma atração por experiências intensas. 


Ao entrar em uma sala, os sexuais preocupam-se rapidamente em descobrir onde estão as pessoas mais interessantes, e tendem a seguir essa regra de atração. São pessoas atraentes, um tanto agressivas, impulsivas, competitivas, energéticas nas relações e querem sempre uma estimulação intensa para suas relações e atividades. 


Instinto social – Adaptativo: é o instinto que oferece orientação a partir de uma identidade grupal. O ser humano é um ser gregário, ou seja, vive em comunidade. Buscam pertencer a algo, ou ainda ser partícipes de um grupo.Tem um forte desejo de ser apreciado, aceito e sentir-se seguro ao lado dos outros. As pessoas cujo instinto predominante é o social, preocupam-se em ser aceitas e necessárias em seu mundo. Normalmente afiliam-se a grupos com interesses em comum. Ao entrar em uma sala, os sociais imediatamente apercebem-se das estruturas de poder, a “política” instaurada no grupo, observam quem está conversando com o anfitrião, quem tem poder e prestígio ou poderia ser-lhes útil. Os sociais gostam de interagir com pessoas, tende a evitar muita intimidade. Querem ajuda para construir seu valor pessoal. 


O Instinto não é uma habilidade adquirida, mas um movimento interno que traz características específicas de comportamento e motivações”. Russ Hudson 


Esses instintos dento da consultoria de imagem vão interferir diretamente na expressão pessoal da pessoa, do porquê mais intrínseco que a move na decisão de fazer uma transformação na imagem pessoal, uma motivação individual, para conexão com os outros ou para gerar valor pessoal. 



O EU ESSENCIAL 


Parece que está na moda falar sobre essência, que fulano funciona assim e cicrano assado. Na verdade, percebo uma certa confusão entre essência e personalidade. 


  • Essência – Base fundamental do ser;
  • Alma – Forma dinâmica da essência;
  • Personalidade – Faceta da alma, um conjunto de atributos.


Se a essência fosse a água, a alma seria um rio ou lago e a personalidade seria pedaços de gelo ou ondas que se formam em sua superfície. Quanto mais nos aproximamos da nossa essência, a personalidade se torna mais transparente e flexível, nos ajudando a viver, em vez de ela dominar a nossa vida. 


Percebe como a essência é mais profunda, é o que move o ser humano. Pode ser dolorido e nada fácil se conhecer na essência, mas com certeza a transformação será ainda mais assertiva e autêntica. O eu essencial procura meios de manifestar-se para suprir lacunas deixadas pelo desenvolvimento desde a infância. 


A nossa essência está à espera de uma oportunidade de mostrar quem realmente somos, de ter liberdade, expressão própria, de estar no mundo como deveríamos estar, sem amarras e gessos. Por isso a expressão da individualidade e autenticidade é tão importante na imagem pessoal, a essência irá conectar com esses aspectos. 



COMPORTAMENTO NA CONSULTORIA DE IMAGEM 


Cada vez mais as pessoas querem o personalizado, para uma diferenciação no mercado de trabalho, na vida conjugal, pessoal, ou até mesmo para se olhar no espelho e se identificar como única. Mas, como personalizar em um mundo onde somos bombardeados com tantos “copia-cola”? Em mundo de “correrias” para fechar a meta, finalizar um projeto, como aproveitar o tempo?


É nosso trabalho conhecer “de gente”, saber como as pessoas funcionam, qual a sua válvula de escape, qual o seu instinto mais prematuro, saber as emoções mais sobressalentes que irão interferir na hora de propor uma mudança. Deixar as técnicas (que são muito importantes) em segundo plano, porque o que importa mesmo neste momento são as pessoas, porque são subjetivas e querem algo que muitas vezes nem elas sabem. 


Os consultores de imagem munidos de conhecimento de pessoas, irão conduzir esse processo com maestria em busca de autenticidade e propósito na imagem pessoal. Porque imagem pessoal é a expressão visível de si mesmo.


Este artigo foi escrito por Fê Ávilla (Florianópolis/SC)


Fê Ávilla é consultora de imagem e comportamento e constrói seu trabalho com integração, diferenciação e inovação. Gosta de quebrar paradigmas e de oferecer o extraordinário à pessoas e empresas. É precursora do Eneagrama do Estilo e coautora de “O Poder do Relacionamentos”.

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